terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

A minha paixão pelas motos

Como geralmente acontece, a minha paixão pelas duas rodas começou quando o meu Pai me ofereceu a primeira bicicleta, uma BSA, tinha eu 12 anos.

Em 1970, já com 16 anos, tive a minha primeira moto, uma Sachs Minor com um motor de 50 cm3 e caixa automática de 2 velocidades que, mesmo assim, atingia os 80 kms/h. Foi nesta Sachs Minor que aprendi a gostar de andar de moto e não tardei a fazer as minhas primeiras habilidades motociclistas, bem visíveis na foto ao lado, em que estou a dar um salto de quase um metro, a ensaiar "motocross" na mata da Doca.

Mais tarde, em 1972, troquei a Sachs Minor por uma Casal Masac, também com um motor de 50 cm3 mas já com uma caixa de 5 velocidades e bastante mais potência. Graças a umas modificações que eu próprio realizei no motor, consegui que ganhasse alguma potência adicional e atingisse uma velocidade máxima de 130 kms/h. Porque conduzia sempre nos limites, não escapei a umas quedas mais ou menos violentas e a alguns "gripanços" do motor. Foi com esta moto que, com o meu amigo Carlos Paz Ferreira, que possuía também uma Casal 50, constituimos o "Team Flecha" O nome diz tudo ...
De tanto fazer "cavalinhos" consegui partir o quadro central da moto cinco vezes. As primeiras duas vezes ainda consegui obter da "Casal" quadros novos ao abrigo da garantia, mas os restantes já tiveram de ser soldados ...

No entretanto e quando estive a estudar em França e na Inglaterra, no ano lectivo de 1975/76, adquiri uma Mobillete, um motociclo de mudanças automáticas muito fraquinho que servia apenas para pequenas deslocações dentro das cidades onde estive - Bordéus e Eastbourne.
Regressado à ilha de São Miguel, casei-me com a Elisa em 1976. Por reconhecer que era bastante inconsciente a conduzir motos, por altura do nascimento do meu primeiro filho decidi vender a Masac Casal.

Estive mais de 20 anos sem andar de moto até que um dia, já em 2000, e depois de testar uma Honda 125 de todo-o-terreno do meu amigo Carlos Paz Ferreira, decidi voltar a adquirir uma moto, desta vez uma potente Yamaha TT600R com a qual me deliciei a fazer percursos "off-road" até que, numa queda mais violenta na vizinha ilha de Santa Maria, parti a clavícula esquerda e fracturei quatro costelas. Nesta altura realizei que este tipo de moto já não era para a minha idade e, em 2001, adquiri uma moto mais confortável, apesar de muito potente, uma Yamaha Fazer 1000. Foi das motos que mais gozo me deu conduzir.

Em 2001 fui em passeio até à Grécia (Corfu) numa Honda Pan European alugada e, uma semana após o meu regresso à ilha, tive um acidente estúpido com a Fazer que resultou em mais uma clavícula partida, agora do lado direito, e mais cinco costelas fracturadas. Nesta queda a Elisa também fracturou um pé. Apesar desta infelicidade, a minha esposa não ganhou medo às motos.
Foi então que decidi adquirir a FJR 1300, uma estradista de eleição. É uma mota extremamente segura, confortável e, sobretudo, muito potente. Com esta FJR fui o ano passado à Hungria e, em 2003, fui até à Noruega, uma inesquecível viagem de 10.859 kms.

De regresso a casa, após mais uma memorável viagem pela Europa, desta feita à descoberta dos Alpes Austríacos, desde a passada 4ª Feira, dia 05.07.2006, que sou um feliz proprietário do mais recente modelo da Yamaha FJR 1300, mais precisamente o modelo A/S (sem embraiagem, que é controlada electronicamente), uma das primeiras unidades deste modelo vendido no nosso País.

Após o regresso da nossa viagem aos Alpes Austríacos, em Julho de 2006, troquei a minha FJR 1300/A de 2003 por uma nova Yamaha FJR 1300 A/S YCC-S (sem embraiagem, que é controlada electronicamente), o mais recente modelo da Yamaha FJR e uma das primeiras unidades deste modelo vendidas no nosso País.

Pierre Sousa Lima moto page…


Na verdade nem precisava deste texto tão extenso para poder dizer que isto não é ficção mas sim pura paixão por duas rodas!
Eu posso dizer que tenho esse bichinho, não, desculpem, é um bichão dentro de mim.
Como Pierre Sousa Lima, eu já cometi erros, loucuras e também já tive acidentes, pois por de trás deste bichão há sempre um sonho...mas existe sempre algo ou alguém que me leva para trás, me tenta afundar, para eu não ter o mesmo rumo dos meus familiares...
Moral da história:
É bom controlá-las, mas não deixes que elas te controlem...

Sem comentários: